Já faz muito tempo em que os gerbis vem ganhando espaço no mundo dos roedores de estimação. A cinco anos atrás era muito difícil de encontrar algum, hoje eles estão espalhados por toda parte, o número de criadores vem aumentando significativamente.
Sobre
Os Gerbis da Mongólia, como diz seu próprio nome, é um roedor originário da Mongólia, seu habitat natural são os desertos asiáticos, onde o mesmo é um forte caçador de insetos. Além da caça, alimentam-se de pequenas sementes, fazendo de sua alimentação uma dieta balanceada.
Para falarmos dos gerbos, analisamos sua criação em cativeiro, que hoje já é muito comum, existe uma gama de variações de cores entre eles e os criadores estão estudando cada vez mais sobre esses animais.
Comportamento
Diferente do que a maioria das pessoas pensam, eles não são ratos comuns, mas são ratos do deserto, os mesmos fazem sim parte da família dos ratos, mas seus hábitos são diferentes.
Costumam ser animais mais ativos a noite, pois na natureza, é na escuridão da noite que esses roedores saem para caçar. Esse hábito se mantém com as criações em cativeiro, então, nada de deixá-los no quarto, pois eles irão incomodar a noite toda.
São geralmente calmos, mas se assustam com muita facilidade, pois por serem muito menores, o susto é sempre certo. Essa característica de se assustar é muito comum entre eles, principalmente entre os filhotes.
Esses roedores podem saltar até 4 vezes mais do que seu tamanho normal, pois suas patas são equipadas para tal, então é importante se preocupar com o alojamento onde eles ficarão, pois a qualquer momento, podem saltar e fugir.
São animais que não podem ficar sozinhos, então é importante dar sempre uma companhia para que os mesmos fiquem juntos. Casais devem ser descartados, pois a reprodução deve ser estudada a fundo antes de ser realizada. Uma ninhada pode gerar até doze filhotes, algo preocupante para quem não sabe o que fazer.
Alimentação
Gerbis não são animais difíceis de alimentar, mas necessitam de algumas precauções. Tomar cuidado com o que compra e onde compra é fundamental para o melhor desenvolvimento. Atualmente muitos pet shops ainda vendem sementes como alimentação principal, mas essa prática é totalmente sem fundamento e pode acarretar a muitos problemas.
Rações extrusadas são as melhores opções. Nutrópica e Serelepe desfilam entre as melhores rações para roedores, essas conseguem entregar as fontes de vitaminas necessárias. Além das rações é necessário fornecer um tipo de proteína por semana, podendo ser grilos, larvas, frango cozido (sem temperos) ou ovo cozido. Sementes podem sim ser dadas, mas como petiscos e nunca em grande quantidade, pois as mesmas podem causar problemas cardíacos e de obesidade.
Algumas frutas também podem ser oferecidas como: bananas, amoras, morangos, goiabas, maçãs, mangas, melões ou mamões; podem ser oferecidos como petiscos, três ou mais vezes por semana. Mas nunca como alimento principal.
Forragem
A forragem ainda é muito discutida por “especialistas” e médicos veterinários, mas os mesmos sempre apresentam opiniões divergentes. Com nossa própria experiência em criação de gerbis, nossa recomendação é de que utilize areia de gato e troque-a de doze em doze dias. Feno também pode ser utilizado, mas não tem o poder de absorver o cheiro da urina e das fezes. Nós descartamos a possibilidade de utilizar serragem nas criações, pois a mesma se mostrou alérgica para a maioria deles.
Cuidados
Os Gerbis não necessitam de cuidados especiais, mas adoram carinho, aceitam muito bem e podem aprender comandos básicos com certa facilidade. Leva-lo de seis em seis meses a um veterinário especializado pode evitar sérios problemas.
Em média, vivem de 6 a 7 anos, mas existem casos que eles chegam a 10 anos, desprovendo de bons cuidados e muito carinho, tudo é possível.
Fornecer sempre algo para que seja roído é muito importante, pois os roedores tem crescimento dos dentes infinita, e gasta-los é importante para uma boa saúde. Podem ser oferecidos muitos produtos encontrados em pet shops ou até mesmo naturais, como o bambu, rolinhos de papel higiênico, entre outros.
Água deve sempre estar disponível e fazer a troca pelo menos duas vezes por dia é muito importante para não acumular sujeiras.
Reprodução
Como dito antes, os gerbis podem ter muitos filhotes por ninhada, por isso é necessário muito estudo sobre a criação deles, pois é muito comum encontrar criadores que exploram as fêmeas para beneficiar a quantidade de filhotes por ninhada.
Costumam a cruzar geralmente após o nascimento dos filhotes, ou seja, quando os filhotes nascem, outros filhotes já estão na barriga da fêmea. Essa característica é muito comum entre os roedores.
A gestação da fêmea dura em média de 24 a 26 dias, podendo ser maior se a mesma estiver já amamentando. Os filhotes ficam independentes a partir dos 30 dias de idade.
Diferentes dos hamsters, os gerbis precisam de companheirismo durante a amamentação. Deixar o macho é essencial, pois a mãe precisa da ajuda dele com os filhotes, afinal ela gasta muita energia amamentando a todos. Outra diferença é que tocar nos filhotes não causa mal algum, desde que as mãos não apresentem cheiros que atrapalhem na identificação dos filhotes.
Rejeições de filhotes podem acontecer quando o mesmo nasce com problemas que atrapalharam em sua vida adulta, geralmente a fêmea come estes filhotes para evitar problemas mais sérios, mas essas atitudes não são frequentes quando manuseada a criação corretamente.
É totalmente proibido a cruza entre parentes, os danos podem ser irreversíveis, pois duas genéticas idênticas causam filhotes deficientes e riscos para a fêmea, verificar se não há parentesco é regra para a criação.
Espaço
Gerbis gostam muito de correr e brincar, por isso é necessário duas ou mais gaiolas grandes acopladas. Caixas organizadoras ou terrários acima de 70 litros também são ótimas opções para a criação. Quanto mais dentro de um ambiente, maior o espaço deve ser.
Cuide bem do seu gerbil e o amor será retribuído com muito carinho.
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